Alemanha 7×1 Brasil

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As semifinais da Copa do Mundo de 2014 foram em julho, mês de férias escolares no Brasil.

André e sua família haviam decidido não passar esse período aqui, pois imaginaram que tudo estaria um caos. Foram, então, para os Estados Unidos passar alguns dias na casa da tia.

Eles haviam chegado ao país ainda durante as oitavas de final da Copa e puderam assistir de lá os jogos da seleção brasileira.

Na terceira semana de viajem, a família foi para Virginia Beach passar alguns dias numa tranquila praia . Foi uma semana que calhou com as semifinais dos jogos, semifinais as quais a seleção brasileira enfrentaria a seleção alemã, que foi a campeã da Copa do Mundo em cima dos argentinos.

A família havia saído durante o início da tarde para almoçar e chegou bem no horário de início do jogo. A disputa começou bem, até que os brasileiros tomaram o primeiro gol, depois veio uma enxurrada de gols. Era inacreditável, um atrás do outro. O primeiro tempo terminou: Alemanha 5×1 Brasil.

O segundo tempo começou e o clima de tristeza pairava na família, não porque a seleção de seu país estava perdendo, pois isso eles já sabiam que aconteceria, já que o time que os brasileiros tinham não era bom o suficiente para encarar os alemães e vencer, mas tristes pelo número excessivo de gols que estavam tomando. Era uma vergonha perder tão feio assim jogando em casa. Nunca na história de todas as copas do mundo uma seleção tomou tantos gols em um jogo!!

 

Mais tarde, naquela noite, a família decidiu sair para caminhar, ainda inconformados com os gols. Estavam comentando sobre o jogo, dizendo que era bom estar alí em Virginia Beach, um lugar em que não encontrariam brasileiros. De fato não encontraram, mas a uma certa altura da caminhada um homem que vinha na direção contrária passou por eles e percebeu que eles falavam português, então o homem parou:

— Brasileiros? — disse ele em português com uma olhar de tristeza nos olhos.

— Sim! — a família respondeu em coro.

— Coitados! — disse o homem.

O pai de André estava quase rindo da ironia de achar alguém que falasse português justamente naquele dia.

— Pois é! — disse a mãe de André — É uma pena perdermos tão feio, assim, em casa. — Disse ela com um olhar de tristeza.

— De onde você é? — Perguntou o pai de André ao homem que, a pesar de falar português, tinha um sotaque de norte-americano.

— Sou aqui dos Estados Unidos mesmo, mas morei em Cuiabá por cinco anos. — Disse o homem, já saindo tristemente para continuar seu caminho.

Eles se despediram e saíram, a família de André para um lado e o homem para o outro. André e seus pais foram rindo o resto do caminho de volta ao hotel.

 

Jonatas Viza

 

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